Adoçante... faz mal à saúde?
Adoçante... esta é uma substância que continua a causar polémica quando aconselhamos alguém que tem como objectivo perder peso/gordura! A primeira coisa que nos dizem logo ‘Eu não! O adoçante é pior que o açúcar!’.
Perante tantos ‘nãos’ que recebemos, de quem recusa mudar o seu conceito (ou pré-conceito) e optam por fechar os olhos e tentar entender o que o conhecimento científico nos tem a dizer.
Os adoçantes certamente estão na lista “negra”, são rotulados como “vilões” da saúde e responsabilizados por tumores, diabetes, vários tipos de cancro, queda do cabelo e tudo o mais que não se deseja.
Tentaremos então refletir sobre o que os trabalhos científicos e entidades acima de quaisquer suspeitas, atualmente nos dizem sobre o consumo seguro de adoçantes.
Vivemos uma era de contradições: o mundo vive uma verdadeira “epidemia” de obesidade. Consumimos cada vez mais alimentos processados e, ao mesmo tempo, o excesso de peso é antagônico ao modelo de beleza estética desejado por todos. É muito difícil situarmo-nos no equilíbrio.
Os adoçantes, ou edulcorantes, tornaram-se uma das formas pelas quais conseguimos consumir uma maior variedade de produtos saborosos sem ingerir calorias em excesso. Estão presentes em sumos, refrigerantes, doces, gelados, gelatinas e até no cafezinho diário, por opção própria de quem o utiliza.
Os adoçantes são substâncias que tem um poder muito potente para adoçar. Isso significa que uma pequena quantidade já é suficiente para adoçar os alimentos de forma bastante satisfatória. Por isso é que a quantidade normalmente utilizada de adoçante, para se obter o mesmo sabor doce é muito menor do que a quantidade de açúcar branco. No cafezinho, por exemplo, apenas uma pastilha é suficiente.
Estudos demonstram que não aumentam o apetite nem provocam ganho de peso. Apenas adoçam. São produtos químicos? Sim. Como tantos outros que normalmente consumimos no dia a dia.
Fazem mal à saúde? Foram e continuam sendo exaustivamente estudados. Por todas as razões e interesses.
E o que os estudos apontaram? Especialistas no assunto, de instituições insuspeitas como o FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos, do JECFA (Joint FAO/WHO Expert Committee on Food Additives) e do NCI (National Cancer Institute) dos Estados Unidos chegaram à conclusão de que os adoçantes não causam cancro ou qualquer outro efeito adverso à saúde.
Estas instituições estabeleceram, para cada adoçante, a IDA, isto é, a Ingestão Diária Aceitável, que é quantidade que se pode ingerir por dia com segurança e sem efeitos colaterais à saúde. A IDA do aspartame, por exemplo, é de 50 mg/kg de peso ao dia. Isso quer dizer que uma pessoa de 70 kg pode consumir com segurança até 3500 mg por dia. Ou seja, é muito. Vamos fazer contas: considerando que um refrigerante adoçado com aspartame tem, em média, 40 mg de aspartame por 350 ml (1 lata), significa que este adulto de 70 kg poderia tomar até 80 latas por dia! Ou até 100 sticks de adoçante de mesa por dia, levando em conta os que tem 35 mg de aspartame por stick. Lembrando que o aspartame tem um poder edulcorante 150 a 200 vezes maior que o açúcar, podemos facilmente imaginar que é muito difícil ultrapassar a IDA.
Leia os rótulos dos produtos, e faça suas contas. A IDA da sacarose é de 5 mg/kg, a da sucralose de 15 mg/kg e a do acesulfame de potássio de 15 mg/kg/dia.
Nota: Adoçantes têm zero ou poucas calorias. Mas há estudos que sugerem que o consumo constante interfere na regulação natural da fome, ou seja, quando comemos um alimento adoçado artificialmente, o nosso corpo recebe uma informação de que estamos a receber um doce, mas esse açúcar não chega. Caso não estejamos alertas a contornar este ‘falso alarme’ faz com que desperte-nos a comer mais, portanto, o nosso conselho para quem restringe o açúcar e opte pelos adoçantes, tenha em mente que podemos enganar a saciedade, mas o nosso corpo precisa de vez em quando de um doce verdadeiramente açucarado!!
Fica o link para que possas ficar com uma ideia de qual a dose diária aceitável de alguns adoçantes de acordo com o teu peso corporal:
Estes são alguns dados. Informa-te mais, continuamente e forma, com robustez, seriedade e consistência científica, a tua opinião.
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